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e A Condição Humana

 

APRESENTAÇÃO

A obra de Hannah Arendt é estudada no Brasil já faz algum tempo. A primeira recepção significativa se dá logo no início da década de 1970, graças à iniciativa de um de seus ex-alunos, o Prof. Celso Lafer – que fará a conferência de abertura do nosso colóquio, em Salvador. À publicação de Entre o passado e o futuro, pela editora Perspectiva, seguindo indicação da própria Hannah Arendt, se seguiu Crises da república, pela mesma editora, e Origens do totalitarismo, pela editora Documentário (esta obra é hoje editada pela Companhia das Letras). Após a morte de Hannah Arendt, em 1975, ocorre a publicação da tradução de A condição humana, publicada pela editora Forense Universitária em 1981. Mesmo distante dos cursos universitários, estas e outras obras traduzidas atingem um público considerável e são constantemente reeditadas. O segundo momento desta recepção é marcado pela tradução de A vida do espírito, A dignidade da política e Lições sobre a filosofia política de Kant (obras publicadas pela editora Relume Dumará), dentre outras obras (como Eichmann em Jerusalém – um relato sobre a banalidade do mal), e, em vista disto, por um reexame da importância da contribuição arendtiana para a filosofia e a política do século XX. Recentemente foram publicados Responsabilidade e julgamento (pela Companhia das Letras, editado no Brasil por Bethânia Assy). Ainda assim, os primeiros colóquios nacionais sobre a obra de Hannah Arendt ocorreram apenas no ano 2000, em Campinas e no Rio de Janeiro, por ocasião dos vinte e cinco anos da sua morte. O que se deu desde então foi uma ampliação dos eventos e da recepção acadêmica da obra arendtiana, assim como o surgimento de uma bibliografia secundária de considerável qualidade – ladeando a sempre ampla recepção dos leitores não especializados.

O Colóquio Hannah Arendt e a Condição Humana, uma promoção do Mestrado em Filosofia da UFBA, com patrocínio da CAPES e apoio do Instituto Goethe-Salvador, insere-se nesta recente tradição de realização de eventos acadêmicos sobre o pensamento de Hannah Arendt e contará com a participação de alguns dos principais pesquisadores da obra arendtiana no Brasil. (Adriano Correia)